segunda-feira, janeiro 28, 2008

How my heart behaves!!

Uma fina chuva cai sobre a cidade. Fazendo desta tarde de janeiro um típico dia de inverno.
Pra acompanhar café preto e um bom som.
Escolhi “Feist”! Tão melancólico como esse dia... Suas canções parecem acompanhar o ritmo da chuva. Acompanham o ritmo da minha vida! “The cold heart will burst
If mistrusted first
And a calm heart will break
When given a shake”

Não me julgues.
Não tentes entender-me.
Sou como o vento
Não tenho destino.
Apenas passo...
Aproveita a brisa !
Não me prendas,
Não me possuas.
Sou como água,
Se preso, evaporo.
Mate apenas tua sede !
Não tentes guardar-me.
Não me aprisiones.
Sou como as flores,
Colhido, feneço.
Guarda-me o perfume !
Não me descrevas.
Não me modifiques.
Sou como um sonho,
Uma Ilusão.
Não me acompanhes,
Não tentes seguir-me!
Sou como um cometa,
solitário.
Apenas admira-me...
Neste momento, então,
Serei Poeta.
Teu Poeta.
by Amir Bastos

domingo, janeiro 27, 2008

Plano Seqüência

O sol desponta no oriente E a nossa noite ainda não acabou A canção é um rock dos anos 80 E pelas ruas vazias Vamos seguindo Nas batidas de nossos corações Este é o nosso filme Muito mais que 120 minutos Temos a vida toda Sua mão toca a minha Um olhar um sorriso É o nosso plano seqüência E não nos importa aonde chegar Pois já estamos onde queremos estar

terça-feira, janeiro 01, 2008

fumaças

Estou sem sono...

Bom, na verdade estou resistindo a ele.

Já tinha desligado o PC e estava me preparando para deitar, mas antes fui até a varandinha bater um papo com o meu cachorro. Acendi um cigarro e fiquei observando a fumaça serpenteando pelo vento frio desta noite de quase verão.

Da ponta em brasa do cigarro, a serpentina de fumaça subia lentamente, formando meandros delicados pelo espaço que, repentinamente, eram esfacelados pelo vento frio da noite.

Observando aquela serpentina de fumaça, pensei na fragilidade das coisas e inevitavelmente pensei na frugalidade da paixão.

Assim como a fumaça que esvai-se da brasa de um cigarro, toda a paixão também começa com fogo, fazendo com que nossa alma seja aos poucos, consumida como uma brasa, esvaindo-se em uma fumaça de sentimentos, serpenteando o espaço até que, lentamente se dissipa no nada.

Mas assim como o cigarro, a paixão acaba. A fumaça é dissipada pelo vento e a brasa apaga-se, sobrando apenas uma bituca, que inevitavelmente será jogada ao chão.

O cigarro acabou e, após este devaneio, sorri da minha estupidez de comparar a paixão a um cigarro, afinal fumar não faz bem a saúde.

Porém, voltando aos meus devaneios, pensei... mas e a paixão faz bem? Esta também não é viciante?

Enfim, ao perceber que não conseguiria responder a estas questões, voltei a colocar meus pés no chão, atirei a bituca no gramado, fechei os olhos e resolvi curtir o vento frio da noite.

A pele do meu rosto, braços e pernas sentiram aquele toque gelado e ligeiramente úmido, fazendo me sentir aquele friozinho suportável e agradável. Mas este frio na pele ressaltou em minhas lembranças o calor do seu toque, a textura da sua pele, o gosto da sua boca e a cada rajada mais forte de vento, jurava que podia até sentir seu cheiro.

Por alguns instantes revivi em minha mente alguns dos nossos momentos. Mas ao abrir os olhos, percebi o vazio de uma noite escura.

É perceptível minha melancolia, porém, assim como a nicotina, ela alivia algo dentro de nós.

Por hoje, ainda não decidi largar o cigarro.

Por hoje, não quero deixar de gostar de você.

by Marcos Takeda